No dia 15 de agosto de 2019, o pequeno Aeroporto de São Jorge recebeu a notícia de que um avião havia desaparecido dos radares após decolar do Aeroporto de Santa Maria, em direção a São Jorge. O avião em questão era um bimotor de fabricação suíça, o Pilatus PC-12, conduzido pelo piloto espanhol Miguel Vidal e levando a bordo l6 passageiros, sendo dois de nacionalidade francesa, um alemão e os treze restantes de nacionalidade portuguesa.

Oito dias depois, os destroços do avião foram encontrados em uma região montanhosa de difícil acesso denominada Pico do Areeiro, no concelho das Velas, na Ilha de São Jorge. Ao lado do avião, foram encontrados os corpos de todas as dezesseis pessoas que estavam a bordo.

Investigações preliminares indicaram que, possivelmente, condições climáticas adversas, como ventos laterais e nuvens baixas, foram as principais responsáveis pelo acidente. No entanto, o processo de investigação foi mais aprofundado e a conclusão dos especialistas foi de que a causa do acidente foi decorrente da distração do piloto, poucos minutos antes da queda.

Infelizmente, esse acidente foi um grande alerta para as autoridades aeronáuticas, exigindo mais rigor na fiscalização, segurança e capacitação de toda a equipe aeronáutica das regiões insulares. Alguns meses após a tragédia, várias medidas foram tomadas para garantir a segurança e aperfeiçoamento do sistema de transporte aéreo nas Ilhas dos Açores.

O Velas Blaze Crash ainda é lembrado como um dos acidentes mais tristes da história da aviação nas ilhas Portuguesas. A partir dele, muitos novos procedimentos de segurança foram implementados e muitas vidas foram salvas a partir dessas mudanças. O legado desse triste evento sempre será a busca incansável pela total segurança aérea em todas as regiões insulares, para que nunca mais se repita uma tragédia como essa.